Thayná de Oliveira, 16, pode ter sido estrangulada na Zona Sul.
Polícia apura se ela marcou encontro pela internet antes de morrer.
Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão fazendo uma varredura na região onde a jovem Thayná de Oliveira, de 16 anos, foi encontrada morta, no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo, para descobrir se câmeras registraram o momento do crime ou alguma ação que leve ao assassino.
O corpo de Thayná foi encontrado na calçada de uma rua, no fim da tarde desta quarta-feira (9). O delegado Jorge Carrasco, diretor do DHPP, disse em entrevista nesta quinta (10) que, “aparentemente”, não havia sinais de violência sexual na vítima. Uma das hipóteses é que ela tenha ido se encontrar com uma pessoa depois de marcar um encontro pela internet.
“Possivelmente, ela foi morta por estrangulamento. Havia sinais na região do pescoço e um cordão (de tapeçaria) próximo ao corpo”, contou a delegada Cintia Tucunduva, titular da Delegacia de Homicídio Contra a Criança e o Adolescente. A polícia espera o laudo do Instituto Médico-Legal para ter certeza da causa da morte e se houve violência sexual. Cintia e Carrasco informaram que já têm indícios da motivação do crime, mas não os revelaram com o argumento de que poderiam atrapalhar as investigações.
O delegado fez um apelo aos pais para que acompanhem a navegação de seus filhos na internet porque se não fizerem isso “indivíduos com distúrbios podem marcar encontros e acontecem tragédias como essa”. Cintia contou que a jovem morreu em um intervalo de duas horas – entre 15h e 17h. “A adolescente estava em casa. Saiu sem avisar os familiares. Era uma garota que estudava, sonhava em ser engenheira.”
Thayná, de família evangélica, morava com os pais e uma irmã. “Parecia ser uma boa aluna. Fazia uso de redes sociais, do Facebook. Pode ser que esse crime tenha relação com o uso dessas redes sociais”, disse Cintia.
Os policiais estão agora analisando o computador que foi apreendido na casa da vítima. De acordo com a delegada, até o fim da tarde desta quinta, só duas pessoas haviam prestado formalmente depoimento: um homem que viu o corpo na rua e um amigo que reconheceu a vítima morta. Segundo a polícia, o enterro de Thayná está previsto para a manhã desta sexta (11).
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